Arrombamentos e violência nas escolas deixam professores e alunos vulneráveis

 A vulnerabilidade dos profissionais da educação está cada dia mais alarmante. Essa realidade já permeia os muros e interiores das escolas de Itabuna. Nesta quinta-feira, 21/11, a equipe da Secretaria Municipal de Educação, juntamente com os Sindicatos do Magistério (SIMPI) e dos Servidores (SINDSERV), participaram de uma reunião conjunta no Grupo Escolar Amélio Cordier (GEMAC), situado no bairro Santa Inês, para discutir os recorrentes casos de violência contra os professores e os arrombamentos que a unidade vem enfrentando.

De acordo com relatos dos docentes, recentemente um aluno foi visto no interior da escola portando uma faca. Em outra situação, professores foram vítimas de xingamentos e ameaças por parte de pais de alunos, ora porque registraram falta no estudante, ora porque pediram silêncio em sala de aula. Além dos casos de descontrole e insubordinação dos alunos, a escola tem enfrentado outro problema grave, que são os arrombamentos de suas dependências para furto de materiais, inclusive de alimentação escolar. Durante a realização da reunião, a polícia técnica esteve presente no local para investigar o arrombamento que ocorreu durante a última segunda, 18.

A presidente do SIMPI, Carminha Oliveira, enfatizou que é urgente a adoção, por parte do Governo Municipal, de políticas mais enérgicas que garantam a segurança dos professores, funcionários e alunos, pois a cada dia a situação se agrava. “O sindicato, inclusive, defende a implantação de câmeras de vigilância e a contratação de serviço de segurança em todas as unidades”, afirma Carminha. A presença de um guarda municipal no interior da escola também foi suscitada, a fim de coibir certas práticas mais agressivas. A Secretária de Educação, Adriana Tumissa, por sua vez, informou que irá pedir o apoio da ronda escolar, mas não garantiu a presença permanente de um guarda na unidade, pois essa situação se esbarra em outras limitações do município.

O que se percebe é que o ambiente escolar, que outrora era um lugar de acolhimento, segurança e construção do saber, está se tornando cada dia mais inseguro. Urge a adoção de políticas públicas inibitórias, a fim de que se evite um aumento destes casos.

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