98,7% dos Professores não se sentem seguros com o retorno das aulas presenciais.

O Sindicato do magistério – SIMPI, enquanto entidade representativa de classe preocupada com o bem estar e saúde de toda comunidade escolar, lançou uma enquete para que os professores da rede municipal de ensino de Itabuna se posicionassem acerca de um possível retorno às aulas presenciais em tempos de pandemia. A pesquisa ocorreu de forma virtual, adotando a amostragem como procedimento de mensuração dos dados e contou com a participação de 388 participantes, entre professores, coordenadores pedagógicos, gestores escolares e demais profissionais de educação lotados em órgãos municipais.

Ao preencherem os dados, os participantes tiveram que se identificar pelo nome, CPF e instituição em que atua, justamente para garantir o máximo de confiabilidade ao resultado. De acordo com os dados obtidos, 79,4% dos participantes informaram que foi contaminado ou teve algum parente contaminado pela COVID-19 em algum momento. Deste percentual, 59% informou que precisou (o participante ou familiar) de atendimento médico para tratamento da doença. Quando questionados sobre óbitos, 25,5% dos participantes informaram que houve alguma perda familiar em decorrência do coronavírus.

Em relação aos demais membros da comunidade escolar, 82,5% dos professores informaram ter conhecimento de que algum aluno ou responsável (pai, mãe, tio, avô) ter sido contaminado pelo vírus. Quando questionados sobre conhecimento de óbitos na rede, 80,4% dos participantes informaram ter notícias acerca do falecimento de algum colega professor. Por outro lado, mesmo 91% tendo afirmado já ter tomado a primeira dose da vacina, 98,7% declararam não se sentir seguros em retornar às aulas de forma presencial. Os mesmos 98,7% também afirmaram não acreditar que as escolas do município possuam a estrutura necessária para evitar contágios do vírus em suas unidades.

No tocante ao retorno das aulas presenciais, 79,3% dos participantes informaram que só são favoráveis ao retorno das aulas presenciais quando toda comunidade escolar (professores, funcionários e alunos acima de 12 anos) esteja imunizada com as duas doses da vacina e as escolas demonstrem capacidade de atenderem aos protocolos de segurança. Apenas 1,8% demonstrou-se favorável ao retorno no formato híbrido. Noutro giro, 18,6% afirmaram ser favoráveis ao retorno, desde que toda categoria tenha recebido as duas doses do imunizante e 0,3% não soube opinar.

Por fim, quando questionados sobre um possível retorno, 88,7% dos participantes informaram que aliariam esforços ao sindicato para obstar à reabertura das escolas neste momento, sendo que 62,2% estariam dispostos, inclusive, a participar de atos de mobilização, como greve, caso houvesse uma determinação para reabertura das escolas. Vale ressaltar que a consulta pública realizada pelo município revelou, também, que 64,4% da população é contrária à reabertura das escolas nesta fase e que, segundo o último boletim divulgado pela prefeitura na data de hoje (14/06), não há leitos de UTI disponíveis para atendimento de casos graves.

🖥️ Fonte: Ascom SIMPI

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