Professores e pais promovem ato pela valorização do magistério e pelo direito de aprender do aluno

A greve da rede municipal de ensino de Itabuna está completando 58 dias nesta terça-feira, 30/10 e o Governo municipal continua sem apresentar aos professores uma proposta que atenda aos 6,81% de reajuste salarial determinado pelo Ministério da Educação – MEC. Como forma de pressionar o Prefeito Fernando Gomes e sua equipe, dezenas de professores, junto com pais de alunos, que clamam pelo fim da greve, se juntaram em um manifesto hoje, na porta da prefeitura, mas até o momento, o Governo ainda não sinalizou qualquer possibilidade de negociação.

Com apitos, faixas e cartazes, os professores pedem que o Governo pague imediatamente os salários dos profissionais que se encontram em situação de desvio de função, bem como que apresente uma proposta de reajuste aos profissionais de níveis II e III, compatível com o reajuste conferido aos profissionais de nível I. “O nosso Plano de Carreira, que é uma lei municipal, nos garante a linearidade de reajuste salarial. Portanto, os professores graduados e pós-graduados fazem jus ao mesmo percentual que foi dado aos professores que só possuem o antigo magistério normal”, afirma Profa. Carminha Oliveira, Presidente do SIMPI.

O governo, que retirou a autoridade de negociação da Secretária de Educação, Nilmecy Gonçalves, não apresenta uma nova proposta para finalização da greve e afiram à mídia local, por meio de sua Secretária de Governo, Maria Alice, que a greve “é uma queda de braço”. A Diretoria do SIMPI repudia essa colocação, uma vez que os professores estão lutando pela garantia dos seus direitos assegurados em Lei. Ademais, o município tem alegado falta de recursos para atender ao pleito da categoria, mas não faz qualquer esforço para apresentar uma proposta, ainda que parcelada. Com essa situação, cerca de 18 mil alunos continuam sem aula e 95% das escolas das escolas encontram-se fechadas.

A Diretoria do Sindicato já encaminhou dois ofícios ao governo, solicitando a reabertura da mesa de negociação, mas até o momento não houve qualquer retorno por parte do Executivo. “É inadmissível que o Prefeito fique 3 meses sem pagar monitores de creches; 2 meses sem pagar os professores em desvio de função; bem como 2 meses sem pagar o transporte escolar que trazem os alunos da zona rural para estudarem na cidade. Nossa luta não é só por reajuste, é pela valorização integral da educação”, finaliza Carminha.

Fonte: Ascom SIMPI

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