Ocupação de Servidores na Câmara já dura 24 horas, enquanto Governo e Partidos começam a se articular.
O manifesto “Lutar, Ocupar e Resistir” promovido pelos diversos segmentos de servidores públicos municipais, com apoio dos seus sindicatos, completou na tarde desta terça, 14/08, 24 horas de duração. A classe trabalhadora ocupou a Câmara Municipal quando o Presidente da Sessão das Comissões Técnicas, vereador Manoel Jr. (PV) deu como aprovado o parecer que autoriza a mudança do regime jurídico dos servidores de celetista para estatutário.
Os servidores públicos, dentre eles, professores, guardas civis e agentes comunitários de saúde, com apoio dos seus respectivos sindicatos, SIMPI, SIDIGUARDAS, SINDIACS/ACE e SINDISERV decidiram acampam no plenário da câmara, como forma de pressionar o prefeito a retirar o projeto de tramitação. De acordo com a Presidente do SIMPI, Profa. Maria do Carmo Oliveira (Carminha) a medida extrema reflete a insatisfação dos servidores para com a administração pública. “Não estão respeitando a legislação. Querem implantar um estatuto sem a participação dos sindicatos com o único objetivo de retirar nossos direitos”, afirma a sindicalista.
Parece que a pressão sindical e o movimento dos servidores têm surtido efeito. Há rumores de que o Prefeito Fernando Gomes convocou, na manhã de hoje, 14/08, a bancada de vereadores que o apoiam, para discutir uma forma de solucionar a queda de braço com os trabalhadores. Já o Partido Trabalhista Cristão (PTC) convocou os vereadores Gidevaldo Santos (Zico) e Alex Melo (Alex da Oficina) para uma reunião extraordinária, cujo objetivo, também, é discutir a repercussão política da mudança do regime jurídico.
De acordo com a Diretora de Imprensa do SIMPI, Profa. Norma Guimarães, o movimento tem sido pacífico, inclusive permitindo que os vereadores utilizem a tribuna, caso necessário. “Hoje mesmo apenas quatro vereadores apareceram. Deixamos tudo limpo e organizado. Nosso objetivo é manifestar nossa recusa à aprovação do projeto, mas se eles quiserem realizar sessões, o espaço está disponível”, afirma a dirigente sindical.
Conforme as lideranças, o movimento segue firme e a ideia é a de que permaneçam em vigília até que os vereadores e prefeito decidam pela retirada da matéria. “Essa mudança irá afetar toda nossa família. Perderemos direito ao Fundo de Garantia (FGTS), além do acesso à Justiça do Trabalho. Não podemos esperar de braços cruzados, por isso, estamos na luta”, finaliza Carminha do SIMPI.
Fonte: ASCOM SIMPI