SIMPI discute pagamento em lote e reposição de calendário escolar

A Diretoria Executiva do Sindicato do Magistério – SIMPI se reuniu na manhã de segunda-feira, 23/04 na Secretaria de Educação, para discutir os atrasos e divisões no pagamento de salário da categoria de professores, bem como o calendário de reposição de aulas previsto para 2018.

De acordo com o Diretor Financeiro da SEC, Fábio Melo, o pagamento fracionado da categoria no mês de março se deu por conta da falta de recursos, tendo em vista que o município teve que arcar com as despesas e diferenças sobre o décimo terceiro e o terço de férias, que também estavam atrasados. Todavia, alertou que no mês de abril a previsão é de normalização do pagamento da categoria que pertence ao FUNDEB 60. Ainda de acordo com a SEC, os Professores que estão em desvio de função ou a serviço de outras secretarias deverão ser pagos com fundos da Manutenção e Desenvolvimento de Ensino (MDE), ou seja, recursos próprios.

Na oportunidade, a Presidente do SIMPI, Profa. Carminha Oliveira salientou ao Governo que a classe não irá aceitar novos fracionamentos de salários, pois além de refletir uma desigualdade no trato entre os profissionais, revela uma falta de respeito com a categoria. “Em nossa assembleia a categoria foi enfática ao decidir pelo pagamento de forma integral. Além disso, não acataremos atrasos salariais, sejam pagos pelo FUNDEB ou pelo MDE”, afirma a líder sindical, que já providencia uma reunião com o Secretário da Fazenda.

Na oportunidade, a Secretária de Educação, Profa. Anorina Lima, unilateralmente, anunciou na reunião que autorizou o corte de ponto de todos os profissionais que participaram da paralisação dos dias 01 e 02 de março (período da jornada pedagógica) para o mês de abril. A Diretoria do SIMPI, imediatamente, rebateu a decisão da Secretária e afirmou que essa postura só causa maior insatisfação da classe para com a gestão atual. “A SEC poderia ter utilizado esses dois dias para reprogramar uma proposta de formação, mas com essa medida arbitrária de corte de pontos só causará o agigantamento da insatisfação e da luta da classe. Embora, o dinheiro nos faça falta, a sua ausência não irá abater ou diminuir nossa bravura. Portanto, deixo claro ao Governo, que o professor só estará obrigado a participar de eventos da Secretaria, desde que seja em sua jornada de trabalho”, enfatiza Carminha Oliveira.

Quanto ao calendário escolar, a Secretaria está aguardando o resultado da enquete enviada às escolas para saber a opinião da classe sobre a utilização dos sábados letivos. Ao que se sabe, a primeira enquete feita pela Secretaria demonstrou que os professores só trabalharão aos sábados mediante pagamento de horas extras. “Informamos à Secretária que estaremos prontos para defender os professores que não aceitem trabalhar aos sábados sem o pagamento de horas extras, tendo em vista que nossas jornadas de trabalho são de 20 ou 40 horas semanais”, finaliza Carminha Oliveira.

Fonte: Ascom SIMPI

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